terça-feira, 29 de novembro de 2011

Eu sempre achei difícil entender...


como duas vidas podem se tornar apenas uma.
Mas quando eu te encontrei, eu te amei.
E um milagre aconteceu, e então eu entendi,
Que Deus tem sempre um plano para nós.
É preciso paciência e ouvir Sua voz,

O que será que meu Deus pensava,
quando criou você?
acho que Ele estava pensando em mim.
Por que me deu mais do que sonhei.
Deu muito mais, do que eu podia imaginar.

Prometo que ao seu lado eu vou estar,
nas horas mais difíceis, eu contigo vou chorar.
E onde quer que a vida te levar,
o meu coração vai junto, para sempre vou te amar.
E Deus já tem um plano para nós.
É preciso paciência e ouvir Sua voz,

O que será que meu Deus pensava,
quando criou você?
acho que Ele estava pensando em mim.
Porque me deu mais do que sonhei.
Deu muito mais, do que eu podia imaginar.

Nós dois agora somos um,
E bate um só coração.
Juntos sempre viveremos.
Para sempre amaremos.
E assim eu posso perceber,
não sou nada sem você.

Você é inspiração,
move o meu coração.

O que será que meu Deus pensava...
quando criou você?
acho que Ele estava pensando em mim.
Porque me deu mais do que sonhei.

Será que Ele lembrou,
quantas vezes de joelhos à Ele orei?
E abençoou (Deus me abençoou),
Me deu você (meu amor).

Deu muito mais,
do que eu podia imaginar


terça-feira, 22 de novembro de 2011

Livro - Melhor Conhecer Antes Do Que Desconhecer Depois





Apresentação


"Se estou só, quero não estar
Se não estou, quero estar
Enfim, quero sempre estar
Da maneira que não estou"

Fernando Pessoa





Capítulo 1

Cultura da Preservação do Casamento


Antigamente, muitos casais se uniam sabendo que não havia amor conjugal entre eles, porém criam que o "tempo" os faria amar. E, muitas vezes, acabava acontecendo. Mas quando não acontecia, havia, entretanto, a cultura da preservação do casamento. Isto porque os nossos pais e os pais deles eram filhos de uma outra geração, de um outro mundo, no qual, as almas humanas tinham outros valores e expectativas conjugais. A maioria das vezes, se a família fosse boa, os maridos traíam de vez em quando, mas jamais pensavam em deixar a mulher em razão da sociedade e da família. E as mulheres, em geral, se satisfaziam com o papel de esposa oficial e de mãe.

Hoje, no entanto, tudo é diferente. Ninguém (somente gente interesseira) casa sem gostar; e nem fica casado sem alegria, harmonia e bom entendimento - pois já não há a cultura da preservação do casamento. Por isto, já não existe a resistência e a capacidade de suportar um casamento sem amor conjugal, visto que as expectativas são outras. Hoje, sem que os dois queiram muito, ninguém consegue ficar junto num casamento emocionalmente estéril e sem filhos - a menos que um dos dois adoeça e se torne codependente do outro, apesar de toda infelicidade.

Quando se decide pela permanência no casamento, o que vejo é sacrifício. Até então, se as coisas do coração forem se acalmando com a passagem do tempo, no fim da meia-idade e no início da estação idosa, normalmente a pessoa fica mais calma. O divórcio não é o ideal de Deus para ninguém, e deve ser feito tudo o que se puder para ajudar as pessoas a conviverem em paz. A preocupação da Palavra é com a injustiça! E é injustiça tudo aquilo que não é justo. Ora, essa obviedade se aplica a tudo, menos ao casamento ? Não creio! Assim como não é justo se "divorciar por qualquer motivo" - conforme faziam muitos em Israel, inclusive nos dias de Jesus - também não é justo carregar um casamento maligno e doente, apenas porque o parceiro(a) não causa uma "margem legal" para a separação, enquanto oprime o outro o dia todo.

Paulo disse que cada um deve andar conforme foi chamado. Ora, esse princípio se aplica a tudo. Há casamentos que são usinas de aflições e doenças! Ficar num casamento em tal circunstância é a receita para a traição e para as muitas feridas e mágoas. Algumas tragédias podem acontecer, a saber:


1. Oram para que o outro traia e dê a razão clássica para o divórcio: o adultério.

2. Oram para que o outro seja levado para a eternidade. Belo modo de pedir a morte!

3. Oram para que o outro não aguente, abandone o lar. Enfim, tudo isso é coisa de macumba! São desejos iguais àqueles que levam alguém a desejar o mal quando faz um despacho!


O que é mais importante para Deus ? Que não haja separação legal até acontecer o adultério ou que haja separação, já que o casal não se ama mais ? Que Deus é esse que se satisfaz em ver uma pessoa mal casada e infeliz por ter cometido o erro de se casar, ao invés de Ele desejar ver o casal buscando a verdade em seus corações ? Será que duas pessoas que não se amam e que se fazem mal, mas que têm um papel de casamento na mão, estarão, por tal legalidade, agradando a Deus ? Será que aos olhos de Deus, o marido, que se separou porque venceu a disputa do adultério, é melhor do que a esposa que se separou, pois percebeu a situação insustentável da relação ou vice-versa ? Será que Deus acha que a deslealdade é menos importante que a traição ? Pois, permite que o casal que se detesta fique casado sem compartilhar a verdade, enquanto Ele abomina quem preferiu ser leal em dizer o que não se sente, sem arranjar um álibi para se separar com "vitória legal" ?



Capítulo 2

Dando uma Chance ao Seu Casamento


Antes de qualquer coisa, analise o que existe em seu casamento. Certamente, todo casamento em que existe amor, graça e espírito de perdão pode ser restaurado.

Durante todo o meu ministério, vi muitos testemunhos de casais, cujo o amor, a alegria e o prazer foram restaurados no relacionamento. Há centenas de casais que desistem da separação e ficam bem. Mas, pra isso, tem de haver ou ter havido, em algum dia, um sentimento verdadeiro entre as partes. Sentimos quando as pessoas estão querendo uma desculpa ou não. Busque, sem preconceito, dar uma chance muito boa ao seu casamento. Ao vislumbrar uma segunda chance, deixe as coisas fluírem, pedindo a Deus que dê certo.

Creio que o "reavivamento" de amores machucados e abatidos pelas estações invernais da vida conjugal traz a bela e doce primavera. É possível que seja apenas um cansaço da rotina. Com o cansaço da rotina do casamento, os casais buscam rejuvenescer a alma com um sentimento novo. Saiba que o coração é enganoso, e quando estamos predispostos, ele fica mais enganoso ainda! Amar e viver a dois dá trabalho e demanda um esforço contínuo para alimentar o amor.

Não podemos jogar a toalha com tanta rapizez! Esse pode ser apenas um tempo difícil, como todo mundo passa. Separação nunca deve ser fruto de circunstâncias. Quando é assim, sempre nos arrependemos. As circunstâncias mudam, e a saudade volta avassaladora. É preciso muita calma.

Muitas vezes o vaso quebra ou perde a forma, mas se houver quem pedale para manter a roda girando (com dois é melhor), e não faltar água para manter o barro úmido, logo, tudo poderá ser reconstruído e toda quebra no acabamento poderá ser feita. Afinal, não devemos ser como o "cristal nas mãos do oleiro", mas sim o barro em suas mãos, posto que assim é natural, visto que barro é o que todos somos. Ora, o cristal não se refaz como o barro mantido em umidade pelo movimento. Casamentos de cristal são tão lindos e, por consequência, tão fragéis que não suportam as quebras, os tombos e os acidentes. Casamentos de barro são sempre tão simples e limpos como o milagre da vida. Se houver a energia do amor que mantenha o barro em movimento na roda da vida, e se houver umidade para mantê-lo em seu estado mais forte - o quebrantamento - então, o casamento de barro sempre se renovará da fraqueza se estiver na roda do "amor e vida".


Capítulo 3

Um Caso Excitante Escondido

O desejo da carne, da alma, do instinto, do sexo, da vaidade, da soberba e da conquista tem em si a força da eternidade, pois, por tais coisas, o homem troca a paz, alegria, sossego, amores estáveis e o de sempre por uma história para contar, por uma transgressão a prezar, um caso excitante a esconder, um poder a ostentar, por segurança financeira, um rosto belo e um corpo novo e sedutor. Enfim, pela soberba da vida.

A alma não aceita o "não" como resposta e inventa álibis para justificar sua determinação de abraçar o momento como fosse a eternidade. Esse álibis renderão a alma prantos por terem se autoenganado. A pessoa que vive nesta situação não ouve, não vê, não escuta, ou se assim faz, nega-se a ouvir o que lhe chega aos ouvidos, e nega-se a ver o que lhe pintam ante os olhos como lucidez, e repudia qualquer voz que lhe peça para escutar a alma. Trata-se de um surto. Sim! Da forma mais comum de surto - aquela que se faz acompanhar de paixão pela paixão. E quem dirá "não" a esse "louco senhor" de sua própria desgraça ?

Pais, cônjuge, filhos, amigos e a própria consciência da fé, em tal caso, tornam-se impotentes ante a avalanche dos desejos e entopem todos os canais da lucidez cheios de entulhos, deixando o lúcido homem em estado de sepultamento sob os encontros de seus próprios enganos e agonias. Nada há de mais letal para uma paixão do que vivê-la; e nada há de mais letal para o amor do que tentar vivê-lo como se ele fosse uma paixão. Uma paixão "vivida" faz o objeto do desejo de alguém rapidamente tornar-se um "ser mortal", como todos os demais. Dê-lhe algumas noites na luz; e dê-lhe algumas contas para pagar à luz do sol; e você verá que a alma é burra, inoperante, desligada, irresponsável e abusiva. Afinal, você é o escravo; você é o louvo que deixou tudo por ela; e você é também o responsável por vê-la bela para sempre. Se ela ficar feia, ela lhe dirá: a clupa é sua!

Alguns vão, quebram a cara e tombam. Outros vão, quebram a cara e tombam. Outros vão, quebram a cara e voltam. Alguns encontram alguém esperando na volta, outros não. Então, a antiga paixão é chorada como a pior dor do coração. E que vem a ser, com muita propriedade, chamada de "desilusão". O pior de tudo é que o tal "surtado" sempre pensa, antes de tudo, que dará jeito até naquilo que Deus diz não ter solução passível de felicidade.

Paixão, no seu surto, quando se associa à transgressão, à traição ou mesmo ao abandono, sempre crê que todos os impossíveis, dessa vez, serão possíveis. Sim! a pessoa crê que uma nova era está sendo inaugurada pela sua paixão disfarçada de amor feito de desejos incontroláveis. Ora, não foi assim com ninguém desde o Éden, mas a pessoa pensa que o mundo está recomeçando com ela. Sansão e Dalila, Davi e Bete-seba, (e quem mais tenha sofrido pelo surto das paixões), todos pensavam que seria diferente. E, assim, mais uma vez pergunto: e quem dirá "não" a esse "louvo senhor" de sua própria desgraça ? Cada um é tentado pela sua própria cobiça, que é sempre um misto de instinto com insegurança. Assim, quanto mais inseguro acerca do sentido da vida se está, mais a pessoa dá assas à fantasia da alma e nunca faz a viagem sem voltar aos porões da alma, ainda não iluminados pela luz da realidade. No fim, a pessoa vê (às vezes, já tarde demais) que tudo o que ela dizia ser essencial, foi nada mais do que uma fome criada pelo instinto do inseguro, que, agora, depois de ter feito tudo o que disse, viu que não foi nada mais do que um fugaz desejo de possuri. A pessoa não sente que tem domínio sobre si, e pior ainda: não gosta de si mesma.

Estou escrevendo isto a alguém entrando em tal estado de surto, e desse estado, vi poucas pessoas saírem felizes. Os que conseguiram foi em razão das bem-aventuradas dores do arrependimento. Cristo nos ama, mas deixa o filho ir conhecer a terra distante, na esperança de que volte ainda com vida.


Capítulo 4

O Começo do Fim

Somente cínicos podem pensar numa separação como algo indolor. Viver é sofrer. Todos sofrem, e não há como evitar todos os sofrimentos deste mundo. Podemos tentar fazer tudo para não atraí-los para as nossas vidas, mas não temos controle sobre o que nos virá, pois "esse desígnio Deus estabeleceu sobre os filhos dos homens, para que não saibam o que lher sucederá". Assim, na separação os filhos sofrerão de um modo ou de outro. Ou pela separação, ou pela permanência congelada no relacionamento. Numa avaliação de curto prazo, eu diria que eles sofrerão muito com a separação.
Mas, olhando a longo prazo, vejo que certas coisas precisam ser feitas logo, a fime de que não sejam atrasados os processos de cura. Tudo vai depender do modo como vai se tratar a questão antes, durante e depois. Não mudar como pai dos filhos (se os tiver) e, quem sabe, até melhorar e for bom e amigo da mãe deles (evitando humilhá-la e tratando-a com reverência e amor fraterno). Assim, tudo irá para seu próprio lugar, e, em algum tempo, as coisas ficarão normais.

O que precisamos saber é que não vale à pena se separar "por causa" de outra pessoa. Portanto, o que tiver que fazer, faça pela verdade e pela saúde que nascem da sinceridade. Mas não chame "nenhuma causa" concreta para o problema. A verdadeira causa de qualquer separação nunca é a "outra pessoa", mas sim o fato de que um dos cônjuges não ama o outro, ou ambos não se amam, e é isto que abre porta para a entrada de outros sentimentos, que jamais entram no peito de ninguém se o coração está ocupado.

Nessas questões, os cristãos não perdoam. Apenas se acostumam com o passar do tempo, isto na melhor das hipóteses. Os cristãos que você vê lidadno bem com o novo casal, ora previamente casados com outras pessoas, em geral, são uma raridade. A maioria dos que se sentem bem e tratam bem um "novo casal" é porque não conheceram nenhum dos dois com seus cônjuges anteriores.

Infelizmente essa é uma decisão solitária. Sabe-se que muitas pessoas se arrependem quando dão vazão à "pulsão", pensando que estão caminhando na direção do amor. Na hora da carência tudo fica muito parecido. Pode ser que a pessoa se separe, tenha um tempo de muito prazer e alegria, encontre um rejuvenescimento de alma e, depois, quando for viver junto com outro(a) mergulhe na rotina e pense: meu Deus! Rotina por rotina, na outra, pelo menos, eu já tinha a minha rotina, e agora estou tendo de me adaptar a uma "outra rotina". Apenas mudei meus problemas de endereço.

Todavia, há algo que terá de pesar muito bem. Quem ama a família, muitas vezes não suporta as consequências da decisão, mesmo quando a toma por amor. Não assuma nenhuma forma de "purgatório", ou seja, não diga: "vou ficar só para me punir". Não é verdade, não funciona e faz mal, muito mal. Numa hora dessas não dá para contar com quase ninguém, por isso não adianta contar para ninguém. Poucos são os amigos de verdade que podem ouvir, entender, aconselhar e não julgar.


Capítulo 5

Separação Civilizada

Ninguém jamais está preparado para se separar. Posso apenas dizer que não havendo "hora certa" para se separar, melhor será pensar, orar, refletir e, então, sem desespero, tomar a decisão. Não é justo ficar segurando seu marido ou esposa sabendo que você vai deixá-lo(a) mais cedo ou mais tarde. Além disse, também não é junto com ele(a) que você fique com ele(a) apenas por causa do dinheiro, ou da segurança, ou por qualquer outra coisa. Mulheres sim, muito mais que os homens, se sujeitam a ficar em casamentos sem amor em razão da insegurança da sobrevivência. Portanto, não é uma questão masculina, mas de baixa autoestima e insegurança pessoal.

Há algo muito errado com o cônjuge que força o outro a ficar, mesmo sabendo que ele(a) não quer ficar, mesmo sabendo que ele(a) não quer ficar, e o torna infeliz! O prolongamento de certos estados, seja por pena, compaixão ou qualquer outra razão de "permanência", acaba por se tornar cruel, pois a vida de ambos torna-se horrivel, e a tendência é fazer crescer amarguras e ressentimentos. Se a pessoa diz que quer que você fique, mesmo sem amá-la; saiba, ela está precisando de tratamento urgente!

Não obstante, não planeje a sua separação como se fosse algo que merecesse ser tratado com a frieza com a qual planejamos a morte de alguém. Se você vai se separar, separe-se; mas, não viva ao lado dele(a) planejando o dia da "libertação". Não é legal! Muitas vezes a ex-esposa torna-se vingativa e manipuladora. Sendo assim, conhecerás o "inferno já nesta terra".

Ora, tais pessoas, no ato da separação são extremamente problemáticas. Elas arranjam contenda e fazem chantagem na intenção de manipular e transferir a culpa e a responsabilidade. Tenha muita calma. Devagar as crianças absorverão. E se você mantiver a porta do diálogo aberta com a mãe deles, tudo ficará mais fácil. Se ela tiver crises e atacar você, e tentar demonizá-lo, não compre a briga. Isso dá e passa. E logo a pessoa enxerga outra vez quem é o outro.

Ore. Pense. Busque a Deus. E tome sua decisão sem afronta. Mas se é isso que a pessoa quer, não a prenda por muito tempo, por mais que a pessoa queira que você fique de qualquer jeito. Você e ela não gostarão do resultado, se levarem o relacionamento adiante.


Capítulo 6

Oficializando O Que Já Existe

"Tome a sua Cruz, minha filha" - foi o conselho de uma mãe a uma filha sistematicamente espancada pelo marido. O conselho deveria ser outro: "Minha filha, é a Cruz que vai libertar você desse carrasco sem medo e sem culpa religiosa".

Louvo a Deus por todos os casais que conseguem se reencontrar. Deus sabe da minha alegria por eles. Quando um casal vive situações acima descritas, não se está se divorciando, mas apenas se está "oficializando" o que já existe: a total separação! E, nesse caso, não vejo como fazer um casal ficar junto se não existe mais o amor recíproco. O divórcio é uma amputação para ser praticada apenas e tão somente se as partes ou uma delas estiver morrendo. É apenas para salvar. "Perdão é a solução para os casamentos magoados e feridos - seja pela traição ou não, mas nunca me propus a indicar como caminho para um casal a permanência no casamento se eles não se amam".

Não podemos tentar fazer de uma vitória pessoal uma regra para milhões de casos, cujas variáveis não passam pela mesma situação. Se seu cônjuge não quisesse mais de jeito nenhum ? O que você faria ? O amarraria ao pé da cama ? Não! Nesse dia você teria de aprender um outro lado da Cruz. Aprenderia que a Cruz traria graça para você poder se separar dele sem ódio e sem amargura, mas com perdão. Os dois não andam juntos se não houver acordo entre eles!

Tenho muitos exemplos a dar de pessoas que conheço que participaram de encontros de casais, e que conseguiram superar as crises. Também tenho o testemunho de muitos outros que conseguiram, por um tempo, e depois se separaram. E também daqueles que não conseguiram desde o início. A diferença é a seguinte: quem vai a um encontro como esse já carrega a vontade de "ficar", de aprender o caminho da permanência. São pessoas que se amam ou veem uma chance e querem aprender a viver a vida com sabedoria. Então, é claor, as chances de sucesso são maravilhosas. E fica mais do que feliz que seja assim. Há alguma chance, sempre insista nela. E sempre que encontrar casais magoados, que ainda estão insistindo na permanência, tenta ajudá-los a aprender o caminho do convívio e da paz. Isso só acontece com perdão e sabedoria, pois o essencial neles existe, que é a qualidade do amor conjugal verdadeiro.

Nunca as experiências pessoais de alguns tornar-se-ão regras aplicáveis a todos. Seria como transformar uma experiência pessoal de divórcio em uma proposta para os casados se separarem. Seria loucura e grande pecado assim proceder!


Capítulo 7

Carência Pós-separação

Começar um outro relacionamento não é a melhor saída. As chuvas de oportunidades se converterão em águas amargas. As consequências poderão ser desastrosas. Eis o tempo de silêncio e luto. Quem tem a aflição de ser amada acaba sendo usada, posto que, em sua busca, sempre pensa que aquela pode ser "o escolhido". E se o impostor for bom de "demonstrar amor", então, veremos mais uma menina sendo usada e iludida.

Acompanho a vida de muita gente em gabinete pastoral há muito tempo, e, raras vezes vi alguém buscando ser amada ou encontrar um amor. Quanto mais a pessoa se entrega a tal busca, mais carente fica. A cada nova frustração apenas aumenta o estado de desejo de ser amada. O que está por trás de tudo isso é a insegurança! Carência afetiva e insegurança emocional são a mesma coisa dentro do coração! A pessoa anseia que alguém, em algum lugar, a queira mais que tudo. Ela não vê sentido na vida se não houver alguém que a ame incondicionalmente. Por fim, a moça encontra-se em meio à angústia e ao desencanto, pois buscara na pressão e sufocação a forma de manter o seu relacionamento.

A carência revela-se nos gestos, exala pela pele, expressa-se nos olhos até dos que anseiam escondê-la. Em geral, todos os homens veem a carência de uma mulher a milhas de distância, ora estampada na face ora nos olhos. E os que são aproveitadores as envolvem pela sedução. E como fruto, só resta a frustração de uma mulher desiludida. Uma vez que a mulher deseja ser amada, ela busca o carinho e o amor em demasia de quem apenas a deseja carnalmente. Talvez o homem a envolvera pela sua beleza, mas não disposto a amar ninguém. No momento em que você começar a fazer demandas, ele pensará: "Isso aqui justifica essa chatice ?", e responde para si mesmo que "não", então, lhe dispensa. Mais uma frustração que aumentará ainda mais o buraco da alma. O que fazer ? É a pergunta. Primeiro, saiba que se trata de algo que se atrela à insegurança, que quanto mais você se entregar, mais carente ficará, e menos chances terá de ter alguém definitivo. Creia que a questão é mais profunda do que apenas carência feminina. De fato, trata-se de uma necessidade ainda mais essencial e profunda. É necessidade de amparo da vida em Deus e não em um homem, muito menos em muitos deles.

A imagem que o Evangelho usa para descrever esta carência é a do poço de Jacó. História de Jesus e a mulher Samaritana (João 4). Se você ler o texto, verá que tudo ali tem a ver com a água e a sede. Além disseo, Jesus explica à mulher que sua sucessão de buscas e fracassos afetivos vinho do fato de ela buscar amor incondicional e absoluto em homens, e não em Deus. Assim, Ele a oferece a "água da vida". Somente quando aprendemos o significado de Deus na nossa vida, que começamos a ter a segurança genuína para ser e viver. Na realidade, conheço poucas pessoas que alcançaram esse estado de plenitude em Deus e em si mesmas, de modo a ficarem acima da necessidade psicológica, que se apresenta como "necessidade de um amor". Mas, de fato, é carência de um significado mais profundo para a vida.

Conheço mulheres que são muito assediadas, mas sem ter qualquer vontade ou tentação de se amaparar em alguma oferta de amor. E por quê ? Porque elas têm uma vida tão profunda com Deus e encontraram razão de ser tão mais profunda, que jamais se sentiram carentes de nada que não fosse amar de verdade, sem migalhas, sem poços de miragem. Ora, quando uma mulher quer amar e não apenas ser desejada e amada, ela tem tudo para se preservar nesta vida. E saiba: um homem sério jamais se interessaria por uma mulher sem princípios. Essas são para uma noite ou uma semana, talvez uma quinzena ou mês. Quem desejará conviver para o resto da vida com alguém sem valor ?

Tenho algumas sugestões a fazer. Identifique essa sua necessidade de ser desejada e amada, e em cima de tal constatação, confesse a Deus sua carência. Depois, peça a Ele que lhe ajude a não mais se impressionar com assédios, posto que eles são óbvios. Desse modo, dê a você o privilégio de amar sem ser por necessidade. Amar segundo a necessidade não é amor, mas apenas carência. Por outro lado, não busque o amor. Fique quieto. Quando o amor verdadeiro quiser "levantar-se", saiba, ele se levantará em sua alma. Não tema ficar só, pois, o não temer é o melhor remédio para não ficar só. Quem teme ficar só, fica só. Quem não teme, jamais ficará.

Mas se na sua "necessidade" de ser amada você ficar se entregando, saiba: sempre haverá homens para se aproveitarem de você, sempre faltará aquele que ficará de vez. Se você apenas doar-se a quem lhe ama de verdade, de modo que os corações sejam sondados, então, nenhum sentimento enganoso chegará a você. Essa é a grande segurança que uma mulher pode ter nesta vida, e a que mais protege o coração.


Capítulo 8

Concessões Bíblicas Para o Divórcio

O evangelho de Marcos 10:9 fala do plano original de Deus. O que Deus uniu, o homem não separa. Divórcio não faz parte do plano original de Deus, visto que não é a vontade perfeita dEle. Malaquias 2:16 diz que Ele odeia o divórcio. Mas, por causa da dureza do coração, Deus permitiu separação.

Vontade Permissiva de Deus

Os judeus se divorciavam de suas esposas por qualquer motivo.

1. Porque elas queimavam o pão;
2. Não temperavam a comida adequadamente;
3. Não eram boas dona de casa/ imcompatibilidade/ brigas, etc.

Tudo que um judeu precisava fazer era dar uma carta de divórcio. Dt 24:1-2.

A tese de uma escola rabínica de Jerusalém, cujo líder era chamado Hillel, ensinava que um judeu podia se divorciar por qualquer motivo. Outra escola, cujo líder era Shamai, defendia a ideia de que o divórcio só era legal no caso de adultério. E Jesus, quando questionado em Mateus 19:1-9, concorda com a tese de Shamai.


1. Concessão Bíblica - Adultério, fornicação, relação sexual ilícita.

"Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar a sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério". Mt 19:9

Repudiar, termo de conotação jurídica, significa "dissolução do vínculo".
A palavra repudiar no original hebraico e grego tem o mesmo sentido de libertar, soltar, liberar, dissolver radicalmente, desligar, como no caso de um soldade que dá baixa no exército. Soltar-lhe as cadeias da obrigação e da responsabilidade para então sair em liberdade.


2. Concessão Bíblica - Abandono pelo descrente.

"Mas, aos outros, digo eu, não o Senhor: Se algum irmão tem mulher descrente, e ela consente em habitar com ele, não a deixe". I Cor. 7;12,13 e 15

E se alguma mulher tem marido descrente, e ele consente em habitar com ela, não o deixe. Mas, se o descrente se apartar, aparte-se; porque, neste caso, não podemos estar sujeitos à servidão, pois Deus chamou-nos para a paz.

Havia um problema que surgiu em Corinto. Quando os coríntios se convertiam, em alguns casos o marido ou a esposa incrédula abandonava ou se divorciava do cristão por casa da sua fé em Cristo. Paulo responde que não se submeterá à servidão (dissolução do casamento). O termo servidão refere-se ao tráfico de escravos. Quando um escravo era declarado livre da servidão, seu antigo dono não tinha mais direito sobre ele. Nesta concepcção, significa ser livre - o casamento não será uma condição de escravidão.


3. Concessão Bíblica - Morte

"Não sabeis vós, irmãos (pois que falo aos que sabem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem por todo o tempo que vive ? Rm. 7:1-3

Porque a mulher que está sujeita ao marido enquanto ele viver, está ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre da lei do marido. De sorte que, vivendo o marido, será chamada adúltera se for de outro marido; mas, morto o marido, livre está da lei. Sendo assim não será adúltera se for de outro marido.

Divórcio é um caminho tão trágico e triste, que só é a solução quando não há mais vereda a seguir. O divórcio não é o ideal de Deus para a vida humana. Nós só cortamos uma mão, uma perna ou arrancamos um olho se for para salvarmos a própria alma ou a dos outros. Do contrário, somente um insano faria isso!

Tenho encontrado muitas pessoas me pedindo para "convencê-las" apenas porque gostariam de usar o convencimento em seu próprio favor. Mas sejamos nós responsáveis diante de Deus pelo que fazemos ou cremos. De minha parte não fui chamado para pregar o divórcio, mas a reconciliação. Os que não se separam, na melhor das hipóteses, vivem como muitos estão vivendo, isto é, separados. Estão dentro de casa, mas já foram embora há muito tempo. São os "separadamente juntos".

Casamento tem de ser de corpo, alma e espírito - não um papel com firma reconhecida ou um convite para uma liturgia religiosa apenas. No Novo Testamento, o casamento não regido por leis, mas por amor. Assim diz Ele: "os casados sejam como se não fossem". Em família, não há fórmulas, a única fórmula é ter um coração de um convertido junto ao coração do outro.


Capítulo 9

Algumas Perguntas

Pergunta

Estou apaixonada por outro homem, devo me separar ?


Resposta

Algumas pessoas, mesmo sendo felizes sexualmente com o cônjuge, sentem uma vontade loucoa de não perder tempo, de conhecer algo mais, de provar o que não se provou, de degustar o que parecer saboroso, de crer que a vida já não será mais possível sem uma grande aventura de amor e paixão. Ao viver essa aventura, verá que apenas mudou suas carências de endereço. O amor leva tempo para ser edificado, já as paixões não. A paixão tem o poder dos feitiços e dos encantamentos que leva à cegueira.

Assim, quanto ao outro, digo que você está com sentimento enganoso e se sente no direito ilusório de não passar pela vida sem conhecer outros beijos e amores. Mas saiba que a frustração e o arrependimento a visitarão com força esmagadora. Logo saberá que o ocorrido entre você e o "outro" foi apenas ilusão do coração. Tire isto de sua cabeça e não viva neste autoengano!

Além disso, a cada 10 casamentos que acabam em razão de uma paixão, apenas 1 deles tem um futuro venturoso. A maioria logo vê que saiu de casa para repetir, de modo piorado, o que já tinha.


Pergunta

Como tratar e acompanhar uma situação de divórcio ?


Resposta

O caminho da solução conjugal nunca é comunitário. Não envolva "legiões" em conflitos pessoais. Especialmente quando a questão é vida pessoal e privada. Na igreja, todos acham que têm o direito de interferir, despojando a curiosidade e os legalismos malignos sobre a vida dos outros. Digo isso porque, como pastor, nunca levei caso nenhum à igreja, e sempre tentei ajudar as pessoas no secreto e no ambiente particular, uma vez que expor a privacidade à coletividade não condiz com o fundamento bíblico. É assim que procedo em tudo o que diz respeito à privacidade humana. Só se deve tratar em comunidade o que é coletivo, e casamento não é vínculo de muitos, mas de dois apenas.

Tive situações de divórcio entre membros da igreja, e surgiram muitas pessoas com o desejo enorme de "tratar o caso junto comigo", pois nunca a ninguém flanqueei tal oportunidade, que para mim é humilhante. Isso só piora em tudo à nossa volta, inclusive a possibilidade do casal encontrar com maturidade sua própria solução, seja ela qual for.


Pergunta

Você acha que um casamento pode ser restaurado ? É possível restaurar os laços do amor ? Será que as pessoas talvez não só queiram um álibi para se apoiar na hora do divórcio ?


Resposta

É claro que todo casamento em que há amor, graça e espírito de perdão, pode ser restaurado. Muitos tiveram o casamento restaurado. DUrante o meu ministério, tenho vivenciado vários testemunhos de amores restaurados. Agora, muitos vivem na alegria e prazer de serem um do outro. Primordialmente, para isso acontecer, o sentimento de amor tem que ter existido entre o casal em algum momento da vida. Todavia, há uma coisa que sem amor, nada nos aproveitará; nem mesmo o dar o corpo para ser queimado na fornalha de um casamento angustiantemente infeliz!

Mas, lembre-se! O que digo nesse livro só tem algum valro se o que você diz é de fato verdadeiro, e qnão apenas "saída" de uma pessoa que "cansou" do cônjuge, por qualquer motivo, como os fariseus cansavam das suas mulheres nos dias de Jesus. De vez em quando, todo mundo cansa. Então, se é assim, que cada um tenha tempo para refletir. Mas, neste caso, a recomendação jamais seria o divórcio. No entanto, não faça nada sem esgotar as verdades de seu próprio coração. A decisão é sua. A responsabilidade com as consequências também é sua, e de mais ninguém. As consequências aparecerão e atingirão várias áreas da sua vida.

Quanto a um álibi para apoiar seu divórcio, dá para sentir quando as pessoas estão querendo uma desculpa e quando não estão.


Pergunta

Por que há divórcios em grande escala por coisas fúteis ?


Resposta

Porque o aspecto físico ocupa o primeiro lugar no relacionamento. Quando se casa com uma mulher esperando que ela melhore depois do casamento; às vezes, dá certo, mas não é bem assim. Paulo apresenta toda a sua dúvida ainda mais profunda quando pergunta: "Como sabes se converterás a tua esposa ?". Não corra esse risco. A vida já é muito difícil. Conhecer bem antes é melhor do que desconhecer logo depois.

Quando há apenas paixão e não amor. O amor e a paixão podem até andar juntos, mas são diferentes. A paixão, como dizem, dura no máximo 18 meses, (dizem os otimistas que pode até chegar a 3 anos) e é seguida de cansaço, desinteresse e até aversão. Não suporta a realidade, mas é a artífice da fantasia. Na paixão, as falsas expectativas são montadas e as futuras desilusões preparadas. O amor (ou o que entendemos ser o amor), ao contrário, pode utilizar-se da paixão como gatilho, mas precisa que a mesma arremessa para mostrar a sua força. Pos quem ama o outro, ama com seus defeitos e imperfeições, e não o quadro pintado na mente fantasiosa da paixão. A paixão é egoísta, o amor não visa seus interesses. A paixão é impaciente, o amor tudo espera. Paixão se sente, amor se tem. A paixão vinga a ferida, o amor perdoa a falta.

No meio evangélico, casa-se a fim de resolver o problema do "desejo sexual" e acaba-se criando um bicho muito pior: um casamento fadado ao divórcio! Então, separa-se por qualquer motivo. Leia o livro "O Divórcio Começa no Namoro".


Pergunta

Traí, me arrependi, mas quero salvar meu casamento!


Resposta

Ou vocês se perdoam na Cruz, ou vocês carregarão os seus farods pesados separadamente. O que nã opode é vocês ficarem nesse encontro de contas, cobranças, desconfianças, e nessa auditoria sem fim. Se for para se ofenderem e ficarem revivendo o passado, é melhor que fiquem separados. Só vale à pena continuar se houver perdão. Do contrário, haverá apenas tormento. Se vocês forem capazes de viver na Graça e tratarem-se como Deus em Cristo nos tratou e trata, então vocês ainda podem ser felizes. Perdão é oferecer ao outro a chance de começar outra vez, sem história e sem passado, com tudo sob o Sangue do Cordeiro.


Pergunta

Sua posição a respeito de filhos adolescentes que convivem com a realidade do divórcio dois pais. Muitos dizem que os filhos serão "problemas" no dia de amanhã, como pessoas adultas. Essa fato pode trazer traumas na vida dos filhos ?


Resposta

É obvio que os filhos sempre sofrem com o divórcio dos pais. Divórcio é uma amputação dificílima. Quem já passou, sabe.

Filhos, todavia, na mesma medida em que não querem que seus pais se separem, e somente em casos insuportáveis é que eles admitem a necessidade, sofrem em todo o casamento em que a situação pediria um divórcio, mas que é sempre adiado.

Quando filhos naturais dão problema, ninguém diz: "Está assim porque foi gerado por mim". Todos dizem: "Não sei o que dá na cabeça dessa garoto".
Quando o filho é adotado, e dá trabalho, todos dizem: "É porque é adotado. Deve ser herança genética". Com os filhos de divorciados é assim também. Se os filhos sobrevivem ao divórcio, foi um milagre. Se botam seus problemas para fora, foi por causa do divórcio. E o que dizer dessa multidão de filhos problemáticos de pais que não admitem nem mesmo falar ou pensar no assunto ? De quem é a culpa ? Por que será são assim tão complicados ?

Meu Deus! As pessoas estão sempre procurando um álibi para tudo!

Quem se divorciar, que viva com as consequências. Quem não se divorciar, que nunca se queixe. Quem tiver filhos problemáticos depois de uma situação de divórcio; esqueça o divórcio e trate de seu filho. QUem não tiver problema com os filhos depois de um divórcio, continue grato. Quem nunca se divorciou e tem problemas com os filhos, saiba: é assim mesmo! O justo, todavia, andará pela fé; divorciado ou não! E seus filhos também.


Capítulo 10

Casar ou Não Casar ?

O que justifica um casamento é o amor por alguém e o desejo de ter uma família. No entando, não havendo tal desejo, não há porque casar.

Casamento se tronou apenas uma opção, e isso se for boa. Pois, não o sendo, ninguém deve se casar por qualquer que seja a obrigação. Além disso, tenho que dizer que no meio cristão ou religiosos em geral, as pessoas casam por causa de sexo. Casam para transar sem medo ou culpa. Assim, muitos casamento cristãos aconteceram e acontecem apenas a fim de dar autorização sexual aos que de outra sorte morreriam de culpa, tendo sexo sem o vínculo do casamento. É também por tal razão que milhares de cristãos são infelicíssimos em seus casamentos, pois a permissão para transar nem sempre vem carregada pelo amor.

Paulo em I Coríntios 7 diz que o casamento deve acontecer apenas em razão de desejo abrasado ou por circunstâncias favoráveis. Veja: "É melhor que todo homem fique assim como estou" - sem casamento. Ora, mesmo assim, no caso de dois se casarem, Paulo diz que eles devem ser casados como se não o fossem, a fim de que a eventual dor de uma separação, patrocinada pelas circunstâncias, não viesse a esbagaçar suas almas com o peso da dor da separação involuntária.

"Os casados sejam como se não fossem" - diz ele.

As pessoas, no entando, casam-se porque têm que se casar. Sim! Porque casar faz parte do pacote da prosperidade social e da maturidade. Sim! Porque parece um aleijão passar de certa idade e não casar. Sim! Porque casar também se tornou um atestado de normalidade. Então, tendo dinheiro e idade, a maioria se casa; e, logo depois, não vemos os casais se desconhecendo como se nunca de fato tivessem se encontrado. Assim, se você está bem, em páz, sem carências, e decidido em seu coração sobre como você deseja viver (em paz e ajudando os outros), então, digo a você: não procure casamento. Casamento só com muito amor. E nunca deve ser a primeira opção, mas sim a decisão que se torna inevitável em razão do amor.

As almas estão cada vez mais tomadas pelas carências. São carências e mais carências. São carentes desejosos de casar porque odeiam ficar carentes. Casam-se e, depois de algum tempo, querem melhorar o casamento porque estão carentes. E assim, brigam entre si porque os dois ou um só está carente. Desse modo, em razão da carência, um deles trai, ou apenas se cansa, e diz que aquele casamento não dá, pois não preenche a carência. Quem sabe um novo casamento ? Um novo marido ? Umas nova mulher ? A carência é o diabo. Carência é a TPM dos casamentos malsucedidos. Carência é o indicativo de que alguém deseja outra coisa. Desse modo, mesmo amando, ainda assim é a cada dia mais complicado estar casado, pois as almas estão muito frágeis e em busca de álibis para suas tristezas não assumidar, o que solapa a estabilidade emocional dos vínculos.

Você vê pessoas que se amam se desentendendo por subjetividades cada vez maiores. De fato, na maioria das vezes, os casamentos vão acabando por coisas que os implicados muitas vezes nem mesmo sabem o que é.

"Estou carente..." - "O amor acabou..." - "Ele mudou..." - "Somente agora vejo quem ela é..." - "O sexo não é mais o mesmo..." - "Minha mulher só reclama..." - "Meu marido não dá a mínima..." - "Estou com medo..."

Apenas casam-se. Casam-se consigo mesmos, com as suas próprias projeções e com as carências de suas próprias almas; e depois acham estranho que seja tudo muito, muito ruim mesmo.

Não é bom que o homem esteja só, mas é pior ainda que ele esteja com quem não quer estar, onde não deseja estar, e vivendo uma vida que ele e ela não reconhecem como sendo deles, muito menos comum. Por isso, sem um ditado do amor sobre sua alma, não invente para si mesmo dores que somente se fazem valer quando acompanhadas pela imposição do amor. Do contrário, são as piores e mais desnecessárias dores desta vida, e que podem ser evitadas sempre, pois, só vale a pena atender tais chamados quando a convocação é a do amor.

É o que penso, segundo o que entendo ter sido a intenção de Paulo ao escrever o que escreveu em I Coríntios 7.


Considerações Finais

1 - Precisamos lembrar sempre o ideal divino, o plano original de Deus em relação ao casamento. O que Deus uniu, o homem não pode separar.

2 - Não devemos falar em divórcio enquanto não temos falado sobre perdão, reconciliação e restauração.

3 - Em último caso, quando não houver mais recursos devemos então nos preocupar com o divórcio em suas bases bíblicas.

4 - Deixar claro que a pessoa deve permanecer na vocação em que a graça de Deus a encontrou segundo I Co. 7:20.

5 - Havendo arrependimento, uma pessoa divorciada em bases ilegítimas não está fora do alcance do perdão e restauração de Deus.


Creio em outra saída para o casamento. Afinal, quando há saída para o casamento, é porque o amor é a saída em si. Sim, quando há outra saída, é porque as pessoas se amavam na mesma frequência e com a mesma expectativa de encontro, e que se tornaram frias, orgulhosas, indiferentes, e se magoaram; tornando-se cada uma delas, pelos seus próprios ressentimentos, pessoas com bandeiras a defender e direitos a buscar e afirmar. Ora, quando o caso é esse, a solução não é fácil ainda, mas mediante o perdão, tais casais podem se reencontrar. Perdoar é brincadeira, o difícil é inventar o amor. Ora, um homem pode amar uma mulher como amiga querida e reconhecer nela todas as qualidades ou vice-versa, e ainda assim morrer de depressão e dor ao lado dela, e ela ao dele. Sim, perdoar é fácil quando comparado à criação do amor que une um homem a uma mulher. No entando nenhum ser humano - mesmo o mais santo, e que ame até aos seus inimigos, conforme Jesus mandou - consegue "produzir" amor conjugal apenas porque reconhece que a outra pessoa é boa. Nesse caso, quando tal amor não existe, o que fica é opressão e angústia, fica a vontade de sair correndo, fica o medo de ser mau com quem reconhecemos como sendo bom. Aliás, em geral, não se consegue ficar justamente por reconhecer que o outro merece o que procura, e que o coração não encontrou em si para oferecer.

O sofrimento de quem não ama é saber que não consegue dar o que a outra pessoa deseja e espera dele. Esta é a tortura de quem ama menos em relação à frequência do outro, ou que ama com outro qualidade de amor, o que para o outro ainda não satisfaz. O grande sofrimento de quem ama fraternalmente enquando são amados visceralmente, é justamente sofrer por amor fraterno a incapacidade de dar algo que não possui, e que o outro espera de nós, pois tem e nos dá, não conseguindo demandar menos do que oferece. E você sabe que nenhum curso e nenhum homem tem esse poder de criar amor que é verdadeiro com um mulher, e vice-versa. O amor que se dá ao inimigo é filho da sabedoria e da razão, conforme Jesus ensinou e praticou. Aquele amor, sinceramente, eu acho infinitamente mais fácil, até porque não cobra de você nada além de dar capas, túnicas, a outra face, e ainda assim, resistir ao outro como inimigo.

O amor entre um homem e uma mulher, portanto, não tal privilégio. Ele não é filho nem da sabedoria e nem da razão, mas de um ambiente muito mais profundo, em que o que vale não é a boa intenção, mas a verdade de ser. O amor pelo inimigo é sábio. O amor entre um homem e uma mulher não é nada, ele apenas é ou não é. Se um dia tal amor existiu entre amantes, então, ainda existe como semente nos corações que murchou. Mas se nunca houve, quem terá o poder de fazê-lo nascer ?

O amor que une um homem e uma mulher tem que ser verdadeiro e inexplicável como o amor de Cristo pela humanidade. O amor de Deus pelos homens é loucura, assim como o é o amor de um homem por uma mulher. Quando digo loucura, não falo e não creio que o verdadeiro amor seja loucura como confusão, mas ele é loucura como falta de razão. Esse amor não pode ser inventado, ele tem apenas que ser admitido! Tenho milhares de pessoas como testemunha de que passei a minha vida "unindo" casais, não separando-os. Mas isto só acontece quando o problema deles era falta de perdão, não inexistência de amor. No meu cotidiano pastoral, o que mais faço é ajudar as pessoas a não se separarem, quando elas se amam. Se eu escrever hoje e pedir para todos os que, de um modo ou de outro, foram ajudados a permanecerem casados mediante alguma forma de participação minha, você verá que "multidões" aparecerão.

Sendo assim não vejo como fazer um casal ficar junto se não se ama. O divórcio é uma amputação para ser praticada apenas e tão somente se as partes ou uma delas estiver morrendo. É apenas para salvar. Ninguém gosta de andar de bengala ou muleta pela rua. Mas entre perder a perna e a vida, prefiro andar manco!

Guarde isto! Dois não andam juntos se não houver acordo entre eles.














Troca-se uma meia por um milagre

Igreja troca meia, toalha, gravata e água benta por dinheiro e harmonia



O que uma meia, uma gravata e uma pequena toalha amarela têm a ver com fé ? Para a dona de casa Isabel Souza Ribeiro, 41, tudo. Participando das campanhas das terças-feiras da Igreja Mundial do Poder de Deus, no Centro de Vitória, ela levou para casa esses objetos em busca de prosperidade financeira, saúde e harmonia familiar. Em troca, doou para a instituição neopentecostal R$ 458.
Dona Isabel garante que a meia, que lhe custou uma oferta de R$ 123, garantiu a cura de uma úlcera numa das pernas de sua mãe, lá na Bahia. Seu marido foi aprovado em concursos públicos de três prefeituras da Grande Vitória, para o cargo de auxiliar administrativo, graças às suas orações na campanha da gravata - mais R$ 100.
Ela não tem dúvidas: os objetos ungidos pelo azeite consagrado por pastores da igreja viabilizaram tudo. "Tenho fé, acredito no Senhor. O objeto sozinho não é nada. A fé, sim, é que faz o milagre".


Consumo

Além da realização de ritos próprios das celebraçõs, igrejas neopentecostais transformaram-se em espaço de trocas e de uso de bens simbólicos. O fenômeno tem explicação antropológica, diz o doutor em Religião, filósofo e professor da Ufes Edebrande Cavaliere. "O homem é um animal simbólico, e a religião é a mais carregada de símbolos, dentro da cultura". Ele diz que o símbolo é a ponte que liga à esfera do sagrado, e que a fé nasce na sensibilidade, mas o risco é de exploração dessa sensibilidade. Nesse caso, o símbolo passa a ser um amuleto que teria a função de resolver a vida das pessoas. E isso não tem origem nas igrejas surgidas apartir do século XX. Pelo contrário. Na Idade Média, Cavaliere enfatiza que sacerdotes católicos vendiam "pedaços da cruz de Jesus Cristo", símbolo da religião cristã.
O curioso, é que o protestantismo nasceu justamente para combater esse uso indevido dos símbolos pela Igreja. "Era um movimento de contestação, onde só a Bíblia era aceita. Mas com o pentecostalismo e o neo-pentecostalismo, isso tudo retornou com força".


Campanha

A meia e a toalha às quais fiéis têm acesso na Igreja Mundial do Poder de Deus fazem parte da campanha "Sê Tu Uma Benção do Milagre Financeiro". Curas e libertações são testemunhadas durante os cultos por pessoas que fazem uso desses objetos, consagrados em morros, como o de Santa Lúcia, em Vitória. Objetos são distribuídos na igreja, onde pastores pedem ofertas de R$ 100. O dinheiro deve ser levado no próximo culto. O bispo Darker Douglas, 34, convertido há 15 anos e dirigente da Igreja Mundial do Poder de Deus no Espírito Santo, não diz quanto a igreja arrecada em seus 102 templos no Estado, mas admite que os custos são elevados. Nos cultos, além de objetos das campanhas, são distribuídas flores de plástico brancas, simbolizando a paz, e até um pequeno travesseiro azul, que representa os sonhos.


Leilão


Há duas semanas, além da oferta do dia, típica de qualquer igreja, o bispo também pediu que fiéis contribuíssem, inicialmente, com R$ 100- á medida que ninguém se dispunha a botar a mão no bolso, os pedidos iam baixando de valor -para evitar o fechamento da sede da igreja do Braz, em São Paulo. "A oferta é uma benção para a pessoa e para a igreja", diz ele, lembrando que os objetos funcionam como motivação, mas não são milagrosos. "Quem cura, liberta, abre as portas, é Jesus. Quando Deus foi traído, pegou um pedaço de pão, o consagrou e disse: "Esse é o meu corpo...".
O pastor Rogério Rodrigues, 38, que criou a Igreja Pentecostal Casa de Oração e Obra Missionária, na Região da Grande São Pedro, periferia de Vitória, admite: "Infelizmente, a humanidade caminha pelo que vê, e precisa de algo que a ajude a caminhar. Os objetos ajudam."
Ali, além de receber frascos de azeite ungidos no Morro da Conquista, fiéis participam de campanhas que incluem pisar num tapete (também ungido) onde, não raro, segundo o pastor, pessoas "tomadas pelo mal" manifestam a maldade em forma de vômito e gritos que saem de suas entranhas.


Caminhos Abertos


Vizinha ao templo, mas não mais frequentando os cultos, a dona de casa Marinéia Inácio Pereira, 43, mostra um pedaço de material sintético, em forma de chave, que ainda guarda da campanha feita para "abrir caminhos". E é também com esse objetivo que muitos entram no suntuoso templo da Igreja Universal do Reino de Deus, na Reta da Penha, em Vitória. Ali, seja no culto do Desafio da Cruz, da terça-feira, onde fiéis caminham sobre um tapete "com as pegadas do bispo Edir Macedo", ou na sexta-feira, dia do descarrego, com direito a uso de sal para "queimar" maus espíritos que se manifestam, o que não faltam são símbolos. E, é claro, muitos pedidos de doação.


Uma Moeda

O pastor pede R$ 500, R$ 300, R$ 200, R$ 100, até que, com menos força, admite que quem só tenha uma moeda possa da sua contribuição. Com um detalhe: o dinheiro é deixado sobre uma Bíblia aberta, no chão, em frente ao altar. Garrafas e copos d'água ungidos, incenso queimado durante a cerimônia, tudo faz parte do rito, onde prevalecem pedidos de prosperidade financeira, resgate de amores pedidos e libertação de "macumbaria".


Fé e Vitórias

Casada com um policial civil, a dona de casa Patrícia Araújo, 40, moradora da Mata da Praia, bairro nobre de Vitória, já foi católica, frequentou Igreja Maranata e centro espírita, mas há oito anos na Igreja Universal do Reino de Deus diz que conquistou vitórias. "Mas é preciso fé e verdade no coração", diz ela, com sua garrada de água consagrada. Mesmo na Igreja Católica, a força dos símbolos se faz presente. Embora a reforma litúrgica tenha determinado a retirada das imagens dos templos, isso não aconteceu de forma radical. Cavaliere lembra que a Renovação Carismática tem semelhança com o neopentecostalismo, sendo extremamente devocional a Maria e à Eucaristia. "Há casos em que pessoas fazem adoração ao Santíssimo, levando nas mãos carteiras de trabalho, em busca de emprego. Isso cheira a mágica", diz.





Fonte: Jornal A Gazeta, 16 de Outubro de 2011/ Caderno Cidades. Pág 6 e 7













Seu filho quer seguir outro caminho de fé



Pais devem respeitar a escolha religiosa, mesmo não sendo a sua

Ainda grávidos, os pais começam a planejar muito mais que o quarto do bebê ou o nome que ele vai ter. Pensam em profissão, esporte que vai praticar, até no prato preferido. E durante os passos do pequeno, os pais também direcionam os filhos no caminho religioso. Mas como lidar quando eles crescem e decidem trocar de religião ?
Nem sempre essa decisão do filho é recebida com tranqulidade pelos pais. O choque de ideias parece inevitável. De acordo com o professor, sociólogo e teólogo Vitor Nunes Rosa, o primeiro passo é descobrir se a nova religião tem o objetivo de ligar o ser humano à fé.
"No final, é isso que importa", defende.
Para ele, a religião deve ser um fator de comunhão entre as pessoas. "O diálogo entre pais e filhos ajuda a entender que pode haver harmonia em meio a diferença. Havendo respeito, a convivência é pacífica", relata o especialista.


Adolescência

E essas mudanças surgem no período mais conturbado: a adolescência. É nessa fas que a criança quer provar e mostrar sua identidade. Entre as experimentações, comuns da época, está a religião.
"Hoje nós ficamos com o que nos agrada. Assim como a roupa não cabe, uma religião também pode não servir. É questão de escolha", diz o teólogo.
Nessas horas, para que não aconteça conflitos entre pais e filhos, o melhor é entender a situação. "Conheça a nova religião. Vá com seu filho até a igreja dele e vê o que acontece, como é a doutrina da igreja. É fazer o mesmo que já se faz na hora de conhecer os amigos dele", diz Rosa.


Exemplo

Na casa da família da jornalista Danielly Campos, o diálogo sempre foi a solução. Ela, que é católica, tem a mãe, Maria das Graças, e os irmãos, Nathielly e Francisco Rhaniery, maranatas. E, apesar da diferença, nunca houve motivos para não entender o gosto do outro.
"Eu e minha mãe lemos a bíblia juntas, cada uma com seu ponto de vista. Eu a levo até a igreja dela. Mas assumo que quando ela mudou, fiquei um pouco triste. Assim como ela também ficou triste quando, ainda católica, viu meus irmãos se batizando na maranata. Depois, percebemos que o importante é alimentar a fé. E isso nos une", diz Campos.


E quando os pais querem mudar de rumo ?

E quando são os pais que mudam de religião ? Há o risco de eles forçarem que os filhos sigam a mudança ou, ainda, uma reclamação por parte dos filhos devido à nova opção dos pais. Independentemente do conflito, a regra é a mesma: deve evitar as comparações e, principalmente, o fanatismo.
"É muito comum essa diferença de religiões acontecer entre namorados, noivos ou casados. Até mesmo com um dos dois conseguindo levar o outro para a nova religião", analisa o sociólogo e professor Vitor Nunes Rosa.
Ele explica que, no caso de pais e filhos, o melhor é sempre optar pelo diálogo. "A conversa evita que o fanatismo religioso, por uma das partes, possa assumir o controle e, assim, impedir uma convivência pacífica da família", analisa Rosa, que ainda é teólogo. Segundo ele, caso não haja um entendimento entre as diferenças religiosas da família, há o risco de uma desestruturação familiar. "A religião não veio para separar as pessoas, e sim para unir. Precisamos de mais tolerância, diálogo e respeito", frisa o professor.



Fonte: Jornal A Gazeta, 30 de Outubro de 2011/ Caderno Vida. Pág. 47













terça-feira, 15 de novembro de 2011

Estou cansado de clamar...


a minha garganta se secou; os meus olhos desfalecem esperando o meu Deus.
Salmos 69:3


Já estou cansado do meu gemido, toda a noite faço nadar a minha cama; molho o meu leito com as minhas lágrimas.
Salmos 6:6


Pois estou aflito e necessitado, e o meu coração está ferido dentro de mim.
Salmos 109:22


Tem misericórdia de mim, SENHOR, porque sou fraco; sara-me, SENHOR, porque os meus ossos estão perturbados. Até a minha alma está perturbada; mas tu, SENHOR, até quando?
Salmos 6:2-3













domingo, 13 de novembro de 2011

O rei Nabucodonosor...


aos homens de todas nações, povos e línguas, que vivem no mundo inteiro: Paz e prosperidade! Tenho a satisfação de falar-lhes a respeito dos sinais e das maravilhas que o Deus Altíssimo realizou para mim. Como são grandes os seus sinais, como são poderosas as suas maravilhas! O seu reino é um reino eterno; o seu domínio dura de geração em geração.

Eu, Nabucodonosor, estava satisfeito e próspero em casa, no meu palácio. Tive um sonho que me deixou alarmado. Estando eu deitado em minha cama, os pensamentos e visões que passaram pela minha mente deixaram-me aterrorizado. Por isso decretei que todos os sábios da Babilônia fossem trazidos à minha presença para interpretarem o sonho para mim. Quando os magos, os encantadores, os astrólogos e os adivinhos vieram, contei-lhes o sonho, mas eles não puderam interpretá-lo. Por fim veio Daniel à minha presença e eu lhe contei o sonho. Ele é chamado Beltessazar, em homenagem ao nome do meu deus; e o espírito dos santos deuses está nele.

Eu disse: "Beltessazar, chefe dos magos, sei que o espírito dos santos deuses está em você, e que nenhum mistério é difícil demais para você. Vou contar-lhe o meu sonho; interprete-o para mim.

Estas são as visões que tive quando estava deitado na minha cama: olhei, e ali diante de mim estava uma árvore muito alta no meio da terra. A árvore cresceu tanto que a sua copa encostou no céu; era visível até os confins da terra. Tinha belas folhas, muitos frutos, e nela havia alimento para todos. Debaixo dela os animais do campo achavam abrigo, e as aves do céu viviam em seus galhos; todas as criaturas se alimentavam da árvore.

"Nas visões que tive deitado em minha cama, olhei e vi diante de mim uma sentinela, um anjo que descia do céu; e ele gritou em alta voz: ‘Derrubem a árvore e cortem os seus galhos; arranquem as suas folhas e espalhem os seus frutos. Fujam os animais de debaixo dela e as aves dos seus galhos. Mas deixem o toco e as suas raízes, presos com ferro e bronze; fique ele no chão, em meio a relva do campo’. "Ele será molhado com o orvalho do céu e com os animais comerá a grama da terra. A mente humana lhe será tirada, e ele será como um animal, até que se passem sete tempos. "A decisão é anunciada por sentinelas, os anjos declaram o veredicto, para que todos os que vivem saibam que o Altíssimo domina sobre os reinos dos homens e os dá a quem quer, e põe no poder o homem mais simples.

"Esse é o sonho que eu, o rei Nabucodonosor, tive. Agora, Beltessazar, diga-me o significado do sonho, pois nenhum dos sábios do meu reino consegue interpretá-lo para mim, exceto você, pois o espírito dos santos deuses está em você".

Então Daniel, também chamado Beltessazar, ficou estarrecido por algum tempo, e os seus pensamentos o deixaram aterrorizado. Então o rei disse: "Beltessazar, não deixe que o sonho ou a sua interpretação o assuste". Beltessazar respondeu: "Meu senhor, quem dera o sonho só se aplicasse aos seus inimigos e o seu significado somente aos seus adversários!

A árvore que viste, que cresceu e ficou enorme, e a sua copa encostava no céu, visível em toda a terra, que também tinha belas folhas e muitos frutos, na qual havia alimento para todos, abrigo para os animais do campo, e morada para as aves do céu nos seus galhos, és tu, ó rei! Tu te tornaste grande e poderoso, pois a tua grandeza cresceu até alcançar o céu, e o teu domínio se estende até os confins da terra.

"E tu, ó rei, viste também uma sentinela, o anjo que descia do céu e dizia: ‘Derrubem a árvore e destruam-na, mas deixem o toco e as suas raízes, presos com ferro e bronze; fique ele no chão, em meio a relva do campo. Ele será molhado com o orvalho do céu e viverá com os animais selvagens, até que se passem sete tempos’.

"Esta é a interpretação, ó rei, e este é o decreto que o Altíssimo emitiu contra o rei, meu senhor: Tu serás expulso do meio dos homens e viverás com os animais selvagens; comerás capim como os bois e te molharás com o orvalho do céu. Passarão sete tempos até que admitas que o Altíssimo domina sobre os reinos dos homens e os dá a quem quer. A ordem para deixar o toco da árvore com as raízes significa que o teu reino te será devolvido quando reconheceres que os Céus dominam. Portanto, ó rei, aceita o meu conselho: Renuncia a teus pecados e à tua maldade, pratique a justiça e tenha compaixão dos necessitados. Talvez, então, continues a viver em paz".

Tudo isso aconteceu com o rei Nabucodonosor.

Doze meses depois, quando o rei estava andando no terraço do palácio real da Babilônia, disse: "Acaso não é esta a grande Babilônia que eu construí como capital do meu reino, com o meu enorme poder e para a glória da minha majestade? " As palavras ainda estavam nos seus lábios quando veio do céu uma voz que disse: "É isto que está decretado quanto a você, rei Nabucodonosor: Sua autoridade real lhe foi tirada. Você será expulso do meio dos homens, viverá com os animais selvagens e comerá capim como os bois. Passarão sete tempos até que admita que o Altíssimo domina sobre os reinos dos homens e os dá a quem quer".

A sentença sobre Nabucodonosor cumpriu-se imediatamente. Ele foi expulso do meio dos homens e passou a comer capim como os bois. Seu corpo molhou-se com o orvalho do céu, até que os seus cabelos e pêlos cresceram como as penas de uma águia, e as suas unhas como as garras de uma ave.

Ao fim daquele período, eu, Nabucodonosor, levantei os olhos ao céu, e percebi que o meu entendimento tinha voltado. Então louvei o Altíssimo; honrei e glorifiquei aquele que vive para sempre. O seu domínio é um domínio eterno; o seu reino dura de geração em geração. Todos os povos da terra são como nada diante dele. Ele age como lhe agrada com os exércitos dos céus e com os habitantes da terra. Ninguém é capaz de resistir à sua mão nem de dizer-lhe: "O que fizeste? " Naquele momento voltou-me o entendimento, e eu recuperei a honra a majestade e a glória do meu reino. Meus conselheiros e nobres me procuraram, meu trono me foi restaurado, e minha grandeza veio a ser ainda maior.

Agora eu, Nabucodonosor, louvo e exalto e glorifico o Rei dos céus, porque tudo o que ele faz é certo, e todos os seus caminhos são justos. E ele tem poder para humilhar aqueles que vivem com arrogância.
















quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Jesus é o jardineiro...


e as árvores somos nós
Ao som da sua voz, minha alma florece
Frutos nascem, flores crescem
Ele entrou na minha casa, Ele entrou na minha vida
Cuidou de cada folha, cuidou de cada galho
Fez em terra seca germinar copa bonita

Eu sou a semente que não secou no sol
Sou a semente que o pássaro não devorou
Sou a semente que o espinho não sufocou
Eu sou a árvore de bons frutos e foi Deus quem me plantou

Árvore que não produz nada vira lenha,
só serve pra queimar e virar cinza na fogueira



Apocalipse 16 - Árvore de Bons Frutos













terça-feira, 8 de novembro de 2011

180 - Um filme que vai mudar a sua visão sobre a vida




Um filme de apenas 33 minutos tem tentando mudar a forma como os americanos enxergam o aborto, com o título de “180″ o filme faz os espectadores repensarem sobre o assunto, pois o produtor, o ministro cristão Ray Comfort, chega a comparar o aborto com o Holocausto dos judeus na Alemanha.

O documentário foi produzido pelo ministério Living Waters e além do aborto também apresenta outras questões bíblicas. Conversas com jovens são mostradas fazendo com que eles mudem suas opiniões a respeito desses temas, principalmente sobre o aborto.

O filme fez grande sucesso no YouTube e só no primeiro mês teve 1,2 milhão de acessos e foi considerado como “o melhor filme da internet”. Agora ele também está sendo distribuído nas universidades, 200 mil cópias foram entregues às cem melhores universidades dos Estados Unidos.

“As pessoas estão mudando a mente sobre a polêmica questão do aborto. Não apenas assistem on-line, mas compram para dar de presente. Já vendemos mais de 150 mil cópias em questão de semanas. Uma pequena igreja comprou 16,8 mil DVDs. Mas essa doação da universidade foi muito especial, porque agora o DVD está nas mãos dos jovens da América, e de muitos engajados no diálogo saudável”, disse Ray Comfort.

Recentemente uma igreja americana protestou contra o aborto fixando 4.000 cruzes brancas na frente do templo, esse número representa a quantidade diária de abortos que são realizados no país. “Não vou descansar enquanto o horror do assassinato de crianças for uma realidade jurídica em nossa nação. Mas, a mudança política só virá se aqueles que se preocupam com os não-nascidos falarem”, disse o produtor do vídeo.

O filme pode ser acessado também pelo site oficial que é o www.180movie.com, mas para os brasileiros que desejam conhecer essa produção é possível assistir o filme legendado em português no YouTube.


Fonte: CPADNews













quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Pr. Yousef Nadarkhani está livre da sentença de morte

O caso do pastor Yousef Nadarkhani, 34 anos, foi levado à Assembleia Geral de Assuntos Sociais da ONU. Ele foi condenado a pena de morte pelo governo do Irã, em setembro deste ano, com a acusação de ter abandonado a religião islâmica. A acusação é devido a conversão de Yousef ao Cristianismo, quando ele tinha 19 anos de idade.

O representante do “Comitê de Assuntos Humanitários”, Ahmed Shaheed, pediu ao Governo do Irã que libertasse o pastor: “Estamos particularmente perturbados por uma recente decisão do Supremo Tribunal (do Irã) de ter sustentado uma sentença de morte para Yousef Nadarkhani, um pastor protestante que supostamente nasceu de pais muçulmanos, mas se converteu”. O pastor foi detido em 2009, quando tentava registrar a sua igreja na cidade. A Embaixada do Irã no Brasil informou que o pastor Yousef Nadarkhani está livre da sentença de morte, mas continua preso.

Sua primeira condenação à morte aconteceu em 2010, mas a Suprema Corte do Irã interveio e conseguiu adiar a sentença. Ao ser revisto, o processo resultou na mesma condenação ao fim do sexto dia de audiência. O pastor pode ser solto caso se converta, mas ele se recusa a negar a sua fé.

Apesar da Embaixada do Irã ter anunciado que ele está livre da pena de morte, o seu futuro é incerto. O Centro Americano de Lei e Justiça, ACLJ, informou recentemente que o Serviço Secreto do Irã estaria oferecendo livros e folhetos muçulmanos ao pastor, mas suspeita-se que a intenção não seja apenas de tentar convertê-lo, mas de fazer com que ele ofenda o Islamismo, para ter provas de que ele desrespeitou a religião oficial do país e executar a pena de morte.

Outro caso de cristão executado por questões religiosas no Irã que teve repercussão mundial foi o do pastor da Assembleia de Deus, Hossein Soodmand, em 1990. O informativo de 2010 de Liberdade Religiosa no Mundo afirma que cerca de 350 milhões de cristãos sofrem perseguição ou discriminação, e 200 milhões destes correm risco de morte.



Portas Abertas













quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Quanto a você, filho do homem...


seus compatriotas estão conversando sobre você junto aos muros e às portas das casas, dizendo uns aos outros: ‘Venham ouvir a mensagem que veio da parte do Senhor’.

O meu povo vem a você, como costuma fazer, e se assenta diante de você para ouvir as suas palavras, mas não as põe em prática. Com a boca eles expressam devoção, mas o coração deles está ávido de ganhos injustos.

De fato, para eles você não é nada mais do que alguém que entoa cânticos de amor com uma bela voz e que sabe tocar um instrumento, pois eles ouvem as suas palavras, mas não as põem em prática.

"Quando tudo isso acontecer — e certamente acontecerá — eles saberão que um profeta esteve no meio deles".
















terça-feira, 1 de novembro de 2011

Como é bom ser cristão...



Quando tudo esta bem pro seu lado
Os amigos sorrindo lhe abraçam e estão com você
Não é mal se a fama faz parte do seu dia-a-dia
E dinheiro se tem pra fazer o que bem se entender
É tão fácil cantar, é tão fácil falar
Sem parar pra pensar no amanhã
Sem talvez meditar no Amor de Jesus por você

Mas se tudo se vai para sempre inclusive os amigos
E doenças lhe afligem e a fama já não mais existe
É mais fácil agora afastar-se Deus
No momento de tanta aflição
Pois ao invés de orar e confiar em Jesus
Você crê em seu próprio poder

Fique junto de Deus e não deixe passar esta chance
De sofrer o que preciso for
Mas ao lado de Cristo
Busque a Deus meu irmão
E abra o seu coração
Peça então o poder pra vencer
Só assim a vitória e a paz você vai encontrar















segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Se Jesus voltasse amanhã...



"E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras" (Ap 22.12).


Imaginemos Jesus voltando amanhã para buscar a Sua Igreja. Imaginemos ter exatamente 24 horas de prazo à nossa disposição. O que seria importante para nós nesse momento? Como usaríamos o tempo disponível?

No começo haveria uma grande agitação. Mas certamente cada um de nós rapidamente faria planos acerca do que ainda desejaria realizar na terra nessas últimas 24 horas.

Em primeiro lugar, todo crente se humilharia diante de Deus e confessaria todos os pecados que inquietam seu coração e pesam em sua consciência. Em seguida, iríamos rapidamente falar com todas as pessoas contra quem cometemos injustiças, pedindo-lhes perdão e procurando verdadeira reconciliação. Quando não fosse possível fazê-lo pessoalmente, telefonaríamos, escreveríamos ou mandaríamos um fax.

Para estar ainda mais bem preparado para o arrebatamento, certamente todo crente ainda haveria de pensar sobre as oportunidades de servir negligenciadas e tentaria recuperar as chances perdidas. Acima de tudo nos empenharíamos para que nossos parentes, amigos e vizinhos ouvissem um testemunho claro da nossa fé. Não mediríamos esforços e faríamos tudo para ganhar a sua atenção. Eles haveriam de perceber a nossa seriedade. E provavelmente nesse dia cada um de nós ganharia pelo menos uma pessoa para Jesus.

Então pensaríamos no nosso dinheiro, lastimando termos dado tão poucas ofertas para o reino de Deus. Sacaríamos as nossas cadernetas de poupança, distribuindo o dinheiro de maneira sensata onde houvesse necessidade. Nem em sonho alguém pensaria em desperdiçar tempo com divertimentos e lazer nesse dia.

A seguir iríamos para a última reunião de estudo bíblico e oração na igreja. O prédio seria pequeno demais para tanta gente. Muitos estariam de pé. Todos orariam sem envergonhar-se no meio da grande multidão ou em grupos menores. E quando chegasse a hora dos testemunhos, as pessoas não iriam parar de falar. Cada um contaria das suas experiências com Deus e relataria o que o Senhor fez por seu intermédio nesse dia. Certamente todos os testemunhos terminariam de maneira semelhante: "Eu lamento muito porque por tantos anos não vivi de maneira totalmente consagrada, que ajudei tão pouco na expansão do reino de Deus, que dei poucas ofertas, que quase não testemunhei a outros, e que raramente participei das reuniões de oração, porque pretensamente tinha coisas mais importantes a fazer. Espero que o Senhor ainda demore mais um pouco e só volte daqui a dois ou três anos! Então eu mudaria totalmente a minha vida! Gostaria tanto de produzir frutos para a eternidade, de juntar tesouros no céu".


Ninguém olharia para o relógio desejando que o culto acabasse logo.


É uma atitude absolutamente realista crer que Jesus poderá voltar amanhã. Todos os sinais do nosso tempo mostram que vivemos nos últimos dias. Mas talvez ainda nos restem exatamente esses dois ou três anos de prazo para trabalhar para o Senhor. Assim, nosso desejo de fato estaria realizado e ainda teríamos tempo para recuperar parte daquilo que negligenciamos. Comecemos hoje mesmo!


Daniel Siemens




vi aqui - Chamada













Ferido lá no chão estava eu...


Esperando alguém vir me socorrer
Quem por mim passou não me ajudou
Mesmo vendo eu a ponto de morrer
Me disseram que enquanto eu estava lá
Um viajante de bondoso coração
Me vendo caído sobre aquele chão
Se encheu na profunda compaixão

E olhou,e chorou com amor me falou
Vai ficar tudo bem,olha só o pior já passou,
Me pôs em teus braços curou minhas feridas
Das garras da morte ele me arrancou
Sua voz tão suave eu posso ouvir
Dizendo que ainda não era o fim
Salvou minha vida e se foi
O Meu Grande Herói

Meu Grande Herói não tinha cavalo branco,
Armadura reluzente,nem espada nem escudo,
Meu Grande Herói era humilde eu bem sei,
mais no céu ele era rei,dono exclusivo de
tudo,meu Grande Herói mudou mesmo a minha
sorte me arrancou das mãos da morte e nem vi
o rosto dele,meu Grande Herói meu amigo mais
fiel me salvou e foi pro céu Jesus Cristo é o
nome dele

Meu Grande Herói ele é Jesus



Alexandre Bernardino - Meu Grande Herói











sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Caio Fábio - O Lixão da Religião

Parte 1





Parte 2

















Tudo sofre, tudo crê...


tudo espera, tudo suporta.


1 Coríntios 13:7











Pr. David Wilkerson - Santos que Bebem um Golinho



“O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; todo aquele que por eles é vencido não é sábio”
(Provérbios 20:1).


O país está rapidamente se tornando uma sociedade encharcada de álcool e com muita gente intoxicada. O álcool agora é o bezerro de ouro moderno, e milhões de pessoas jovens ou velhas, homens ou mulheres, foram seduzidas por ele.

Os abstêmios, os que apoiam a lei proibindo a venda de bebidas alcoólicas, e todos os demais que durante anos combateram este dilúvio de bebedeira se tornaram objeto incomparável de riso. Rimos com desdém das antigas senhoras que saiam quebrando barris de uísque, fechando bares e botecos e recolhendo garantias de abstinência.

Nós, modernos e liberais resolvemos que beber está na moda. Agora, beber socialmente é considerado sofisticado, urbano, pra frente. Experimente dizer “Não” à aeromoça que fica forçando drinks desde que você entra até que desça do avião. “O que o senhor quer dizer, não aceita drinks?” Ela olha como se você fosse um maluco por recusar bebidas grátis.

Hoje em dia as pessoas se ofendem quando você recusa seu convite para um gole. Elas tentam lhe deixar com a impressão de ser inamistoso por não acompanhá-las, ou que você está querendo se mostrar “santinho”. Nem o presidente Carter conseguiu tirar as bebidas da Casa Branca.

“Não estejas entre os bebedores de vinho...” (Prov. 23:20).

Para mim, a tragédia maior é que tantos assim chamados “cristãos” agora estão bebendo. Eu os chamo de “santos que bebem um golinho”, porque é assim que começa - um gole de cada vez.

Recente pesquisa revela que 81% dos católicos e 64% dos protestantes bebem. Estes números chocantes crescem cada mês. A atitude permissiva para com o beber socialmente está rapidamente se infiltrando até mesmo dentro dos círculos mais conservadores das igrejas evangélicas.

Tenho pregado em convenções carismáticas onde milhares de santos “cheios do Espírito” levantam as mãos em louvor e adoração a Deus - e após serem dispensados, um monte deles sai para o estacionamento, abre os porta-malas e pega embalagens de seis latas e as passa para os companheiros de adoração. Outros pedem coquetéis às refeições nos restaurantes, no intervalo do louvor. Voltam “falando em línguas” enroladas.
“Liras e harpas, tamboris e flautas e vinho há nos seus banquetes; porém não consideram os feitos do Senhor, nem olham para as obras das suas mãos” (Isaías 5:12).

O profeta Isaías tem uma mensagem para todo o movimento carismático - seja nos círculos católicos ou protestantes.

“...o meu povo será levado cativo, por falta de entendimento...Mas o Senhor dos Exércitos é exaltado em juízo; e Deus, o Santo, é santificado em justiça” (Isaías 5:13,16).

O profeta Oséias diz: “...o vinho e o mosto tiram o entendimento” (Oséias 4:11).

Isto sugere que os santos que bebem um gole têm corações divididos.

As pessoas cheias do Espírito reivindicam “sacerdócio real” junto ao Senhor. A Bíblia enfaticamente declara: “Não é próprio dos reis beber vinho, nem dos príncipes desejar bebida forte. Para que não bebam, e se esqueçam da lei...” (Provérbios 31:6).

Uma admirável senhora cristã me escreveu dizendo:

“Somos cristãos que freqüentam muito a igreja. Amamos o Senhor e não vemos absolutamente nada de mal em servir vinho em casa. Bebemos com moderação, e nossos filhos estão aprendendo a beber sob nossa supervisão. Eles não exageram. Nunca vimos ninguém bêbado em casa.”

“O senhor está simplesmente nos fazendo sentir culpados, empurrando essa sua ética fundamentalista para cima da gente. Não fomos educados em baixo de tabus legalistas como o senhor certamente foi. Francamente, senhor, os nossos hábitos de bebida não lhe interessam.”

Que Deus abençoe esta prezada senhora - mas um dia desses o problema vai ser meu. Começa a ser problema meu quando estes adolescentes saem com os amigos e ficam bêbados.

Hoje mesmo uma de nossas estudantes, uma alcoólatra convertida me disse como virou beberrona. Os pais lhe ensinaram como beber com moderação. Em festas, aniversários, e quando chegava visita, todo mundo tomava um drink social. Era servido às refeições. Ela admirava e amava os pais. Eles rejeitavam as bebedeiras, porém tinham um bar em casa.

Esta jovem começou a ir às festinhas de adolescentes e a beber socialmente com a turma. Isso a levou a beber nos clubes.Por fim, com o acúmulo dos problemas, passou a depender violentamente do vinho. Ela acabou numa instituição mental, como alcoólatra consumada.

Esta mesma história me é repetida toda hora de norte à sul do país. Quantas, quantas vezes ouvi isso: “Meus pais eram considerados bons cristãos. Iam à igreja. Mas sempre servimos vinho ou cerveja em casa. Meu irmão mais velho bebia moderadamente e era o meu herói. Eu bebia para ser igual aos meus pais e ao meu irmão mais velho, mas não conseguia. Mas me fizeram achar que bebida era uma coisa que as pessoas de bem usam.”

Será que sou preconceituoso? Cabeça muito pequena nesta área? Claro que sim! E tenho motivo para isso. O meu próprio irmão, filho de pastor, começou a beber cerveja com moderação - só para se sociabilizar com os amigos. Ele acabou virando alcoólatra, levando a esposa e os adoráveis filhos a continuarem seu hábito. Graças a Deus ele hoje está salvo e de volta à família.

Mas enviei meu irmão Jerry com um grupo de convertidos à Europa para testemunharem sobre o que Cristo fez na sua libertação do poder do álcool. Os cristãos na Europa com júbilo se alegraram com os testemunhos de libertação das drogas e da prostituição - mas não quiseram ouvir uma palavra sobre a libertação de Jerry em relação ao álcool. Por que? Porque os cristãos europeus engolem vinho e cerveja como água. Isto partiu o coração dele.

Já ouvi todas as desculpas para a bebida entre os europeus - e não posso aceitar nenhuma delas. Põem a culpa na água impura. Dizem que é algo arraigado na cultura e nos seus costumes. Bebem porque “sempre beberam”.

Como ficaram profundamente ofendidos alguns pastores em Paris na França, quando recusei beber vinho. Missionários americanos, que facilmente adotaram os costumes europeus, me disseram que eu deveria “em Paris, ser igual aos parisienses!” E então, como fiquei eu profundamente ofendido quando alguns destes mesmos ministros ficaram tão bêbados, que não agüentavam ficar acordados durante a minha crusada.

Há uma incidência alarmante de alcoolismo e bebedeira nos círculos cristãos na Europa. Eles ficam bêbados mesmo! Não são nem um pouco moderados! Nenhuma das desculpas convence. E que falsidade os cristãos americanos beberem “só na Europa”. Nem chegam perto do álcool nos Estados Unidos, mas acham “legal” se juntarem aos irmãos de lá bebendo uns golinhos!

Fico profundamente irritado com os cristãos que bebem, devido ao terrível exemplo que dão para os jovens! O país agora enfrenta uma praga de bebida no meio dos jovens. Hoje as duas palavras mais populares na escola são “zoar e beber.” O álcool está se disseminando em nossas escolas como um incêndio sem controle. Os garotos me dizem que 80% da classe não só bebem, como ficam bêbados. Estamos diante da possibilidade de termos mais de um milhão de jovens alcoólatras no próximo ano.

Tenho ajudado viciados em drogas há 20 anos. Mas esta explosão de bebida que assola o país me dá medo. Eles agora bebem porque acham que o álcool não os vai “enterrar” como as drogas! A bebida agora é a “maconha líquida” preferida. Em toda parte onde se vêem os adolescentes se embriagando, eles dizem: “Agora não tem polícia, pais ou políticos que possam encrencar com a gente - porque todos também estão fazendo isso. Finalmente achamos uma coisa legal que não leva a gente pra cadeia!”

Não quero entrar naquela velha discussão em relação à Bíblia e o vinho fermentado em contraposição ao suco de uva. Mas quanto mais vejo estes jovens estourados, arrebentados, desesperadamente afundados na bebida - mais fico convencido que Jesus não enganou aquela multidão nas bodas de Canaã, servindo a mesma coisa que está destruindo os nossos jovens hoje.

Cristo veio para cumprir a lei! A lei diz: “O vinho é escarnecedor...todo aquele que por ele é vencido não é sábio”. Cristo foi ludibriado? Será que Ele serviria uma bebida que levaria um homem saído da festa a bater na esposa? E no tribunal seria perguntado a este homem: “Como você ficou tão embriagado?” E o condenado responderia: “Fui à uma festa de casamento. Jesus de Nazaré serviu uma bebida muito forte. Ele me deixou bêbado.”

Não consigo conceber a idéia de que Jesus decepcionaria aquela multidão, e serviria uma bebida que poderia levar ao mau se tomada em exagero. Creio que o elixir que Jesus serviu foi o puro suco da vinha - um ponche sobrenatural tão cheio da combinação genuína da natureza, que foi uma transformação única e recebida com prazer! Será que Jesus adicionaria conteúdo alcoólico à Sua bebida sobrenatural e a tornaria a “número um” quando a lei diz: “Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente” (Prov. 23:31)?

Isso foi escrito por um rei que “se deu ao vinho” (v. Eclesiastes 2:3). E Jesus não iria nunca, nunca fazer com que os convidados se dessem ao vinho embriagante.

Paulo também conhecia a lei. Ele respeitava a sabedoria de Salomão. Suco puro da uva é bom para a saúde! É nutriente. Mas o vinho fermentado não é mais nutritivo, segundo um médico amigo meu que já leu muito sobre o assunto. Como Paulo poderia recomendar a bebida de vinho alcoólico quando a lei que respeitava exortava: “Não estejas entre os bebedores de vinho...” ?

Mas a questão real não é se o Novo Testamento se refere ou não a vinho fermentado ou a suco de uva. A questão real é o abuso que hoje prevalece tanto.

Salomão tinha três mil esposas; uma vez Moisés autorizou o divórcio. Deus permitiu! Mas Deus não permite que Suas leis se tornem tão desmoralizadas e insultadas. Veja onde nossa permissividade nos levou: danceterias assim chamadas cristãs, servindo cerveja com dança de músicas cristãs. “Cristãos” rolando no rock, bebendo.

“Para que não bebam, e se esqueçam da lei...”

Estamos esquecendo as leis de Deus, as próprias leis que Jesus disse ter vindo cumprir. Agora deixamos que uma sacerdotisa lésbica seja ordenada na igreja Episcopal. Os homossexuais não só exibem seu pecado, como ousadamente buscam reconhecimento e força dentro da igreja.

Um milhão de divórcios novos este ano. Dez milhões de garotos vítimas de lares desfeitos. Danças com nus no santuário da igreja. Ministros liberais zombando dos antigos padrões sexuais bíblicos. Agora eles ensinam assim aos meninos: “A masturbação é um presente de Deus para aliviar a tensão.”

E para completar toda a desobediência, algumas agências de nossa igreja têm servido como fachadas para anarquistas comunistas anti-Deus, que procuram destruir a democracia - usando o dinheiro de missões das igrejas para contratar ações secretas de violência.

Os cristãos bebem por causa da ignorância? Ninguém os confrontou com a Palavra de Deus? Será que estes novos convertidos do movimento de Jesus bebem para provar que são liberados e não estão sob a lei?

Uma jovem senhora, membro de uma comunidade cristã de amor, me escreveu recentemente e disse: “Claro, nós todos bebemos. Jesus bebeu; Paulo bebeu! A Bíblia não deixa o assunto claro. Nossos líderes bebem com moderação. Todos são bons mestres bíblicos e viajam, falando nas reuniões dos jovens.” Sim - e sei que alguns deles também fumam. Eles misturam Jesus com rock pesado, e só Deus sabe até onde vão as concessões.

Eles parecem achar que acrescentando a palavra “Jesus” à alguma coisa, a torna santificada e tudo bem.

Você diz: “Não julgue, David! E a trave no seu olho?”

Não sou o juiz de ninguém. Não me coloco como porta voz de nenhum grupo. Mas Paulo diz: “nós julgamos os aqui de dentro - Deus julga os lá de fora.”

É hora de julgamento! É hora de todos os cristãos que bebem serem desafiados! É hora do Espírito Santo expor esta atitude frouxa e despreocupada de “liberou geral”. Se é errado para os meus queridos alcoólatras, viciados e prostitutas convertidos beberem mesmo que moderadamente, então é mortalmente errado que os cristãos amadurecidos bebam e lhes dêem um mau exemplo.

E fico muito aborrecido e espiritualmente indignado quando os cristãos que bebem chegam para mim dizendo: “Ah, você é bem um santinho fundamentalista bitolado. Nós, cristãos modernos e liberais somos livres em Cristo. Não estamos embaixo da lei. Não vamos ficar presos por seus ataques à nossa liberdade.”

Isso é uma ofensa à tudo em mim que aspira à piedade e à santidade. Isso é uma ofensa à todo recem-convertido a quem Deus trouxe convencimento a respeito do antigo hábito da bebida. E a Bíblia diz:
“Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar. Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual vem o escândalo!” (Mateus 18:6-7).

Recuso-me a ceder à crescente pressão do mundo - disfarçada de liberdade espiritual! O que aconteceu conosco, santos de Deus - que conseguimos ficar sentados sem tomar uma atitude, e não repreender estes princípios que corroem a moral tão depressa na casa de Deus?

Creio na gratuidade da graça, mas não na licenciosidade. Creio na justiça imputada de Cristo, pela fé. Mas também creio que a santidade de Deus requer que “não toquemos o que é impuro.”

Creio também que os pastores que fumam não estão sendo honestos com Deus. Estes “profetas da fumaça” recusam-se a praticar o que pregam. E pastores que bebem são uma acusação contra o nome e o poder de Deus.

Não se trata de um esforço para condenar os verdadeiros ministros do evangelho. Mas como podemos nós, como ministros e pais pedir aos nossos filhos que parem de usar drogas e álcool, se não queremos limpar nossas próprias vidas - e dar o exemplo tornando-nos semelhantes a Cristo?

Às vezes, só por um instante, fico pensando: “Talvez o errado seja eu. Talvez estes novos cristãos que se enfiam no rock, fumam, bebem, e que voltam aos seus antigos buracos para cantar, entreter, e representar - talvez eles tenham visto algo em Deus que eu ainda não vi. Talvez estas mudanças tão bruscas não sejam concessões, mas um sinal de maturidade e crescimento. Pode ser que eu seja muito antiquado, esteja muito por fora para reconhecer alguma coisa nova que Deus esteja fazendo.”

Mas então começo a comparar o som estridente e agitado da música deles com antigos hinos como “Rocha Eterna” e “Santo, Santo, Santo.” E tenho vontade de chorar! Vejo-os voltando àqueles clubes enfumaçados para entreter a multidão de beberrões na pretensão de levá-los a Jesus, e aí os comparo aos milhões do povo de Deus ao longo dos séculos, desde os mártires até os viciados e bandidos de hoje, que se converteram e que abandonaram o mundo e tudo que está ligado a ele, para levar adiante a repreensão de Cristo. Começo a chorar pelos cristãos que fazem concessões. Sei que não estou errado.

Por favor, não fique bravo comigo! Se você é um dos santos que bebem um golinho, não permita que sua mágoa ou raiva lhe roubem a verdade. Se você ficou ressentido por esta mensagem que prega a separação, é provavelmente porque Deus já lhe convenceu - e Ele agora está querendo que você desfrute de liberdade completa.

Ore também para que Deus coloque no coração dos ministros por todo o país - se levantarem firmemente nos púlpitos contra esta insidiosa tendência.

Ore por nossos adolescentes! As pressões que recebem para beber com a turma aumentam todo dia. Eles precisam ser encorajados a se levantar e resistir, para que não sejam atraídos para este rodamoinho da bebida.

Mesmo que você não “sinta-se convencido” - abstenha-se pela simples mas poderosa razão de dar um exemplo para a juventude!

“Para quem são os ais? Para quem os pesares? Para quem, as rixas? Para quem, as queixas? Para quem, as feridas sem causa? E para quem, os olhos vermelhos? Para os que se demoram em beber vinho, para os que andam buscando bebida misturada. Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente. Pois ao cabo morderá como a cobra e picará como o basilisco. Os teus olhos verão cousas esquisitas, e o teu coração falará perversidades” (Provérbios 23:29-33).