Fábio atua há um ano e meio na Primeira Igreja Batista de Vila Garrido, em Vila Velha, e foi membro da Segunda Igreja Batista de Cobilândia por oito anos. Ele contou que tinha cabelo comprido e frequentava bailes funk. Não usava drogas, mas convivia com pessoas que usavam. "Era um jovem muito atribulado. Ia muito para clube, boate, era mulherengo e adorava arrumar briga. Na última vez que saí foi em Vitória. Estava curtindo, mas os caras me olhavam atravessados porque tinha cabelão. Eles me deram um soco, fizeram rodinha e me chamaram para brigar."
A data de sua conversão é 27 de abril de 2000. Ele morava em Vila Velha com o pai e a madrasta, quando jovens da Igreja Batista o convidaram. "A partir daí, comecei a ter uma vida cristã. Minha madrasta começou a ficar incomodada porque virei evangélico. Eu falava com eles, tentava converter, mas não tinha sucesso", relata. Em 2001, próximo ao Dia dos Pais, Fábio conta que discutiu com a família e foi expulso de casa. "Jogaram todas as minhas roupas na rua. Tinha 21 anos", lembra. O pastor auxiliar conta que os irmãos da igreja o acolheram e ele morou seis meses na congregação. "Virei zelador da igreja. Foi um período de provação, Morava dentro de uma sala de escola dominical. A irmã Zélia foi a que mais me ajudou. Cuidava de mim como um filho e me alimentava", afirmou.
Após ter feito seminário, ele se casou em 2005 e atualmente faz pós-graduação em ensino religioso. Ele pretende pastorear uma igreja como titular e dar aulas de ensino religioso em escolas. "Minha vida se transformou, principalmente na paz interior. Sou palestrante e prego para os jovens. Posso aconselhar para não irem para o mundo que frequentei. Quero ensinar a serem pessoas com valores cristãos", afirmou. "Tento colocar para eles que devem se guardar para o casamento, não ter vícios, usar vestimentas de acordo com a fé, sem ficar exibindo o corpo, ter mansidão e paz."
Sonho de tirar tatuagens e sexo só no casamento
Seu grande sonho é retirar três tatuagens - dois tribais e o rosto de Cristo - do corpo e ser exemplo para as filhas Alice e Beatriz, de 3 anos e 4 meses, respectivamente. O pastor José Natal Rodrigues da Silva, 38, da Igreja Evangélica Batista em Jacarípe, Serra, já usou drogas e era brigão, mas mudou seu destino e hoje prega aos jovens sobre abstinência sexual. Ele atua como pastor há cinco anos. Aos 16, começou a fumar maconha e passou a usar cocaína. Na época, José costumava ir para baile funk arrumar briga. "Uma vez, me dei mal. Juntaram um grupo de garotos e me bateram muito com ripas", lembrou.
Ele contou que a mudança começou quando foi servir ao Exército, passou a pensar na vida e começou a frequentar uma igreja evangélica. José chegou a ter uma banda que trabalhava com adolescentes e pregava o uso do anel de castidade e abstinência sexual. "Falo aos jovens com conhecimento de causa. Meu sonho agora é tirar minhas tatuagens. Não aconselho ninguém a fazer isso. Não vale a pena. Ensino que a grande onda é Jesus e passo para eles a cultura da paz e da família".
Fonte - Jornal A Tribuna, 01 de agosto de 2011, pág. 7
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