segunda-feira, 25 de abril de 2011

Conta-se que um farmacêutico...


se dizia ateu e vangloriava-se de seu ateísmo. Deus, com certeza, deveria ser uma quimera, uma dessas fantasias para enganar a pessoas incautas e menos letradas. Talvez alguns mais desesperados que necessitassem de consolo e esperança.

Um dia, no quase crepúsculo, uma garotinha adentrou sua farmácia. Era loira, de tranças e trazia um semblante preocupado. Estendeu uma receita médica e pediu que a preparasse. O farmacêutico, embora ateu, era homem sensível e emocionou-se ao verificar o sofrimento daquela pequena, que, enquanto ele se dispunha a preparar a fórmula, assim se expressava:
Prepare logo, moço, o médico disse que minha mãe precisa com urgência dessa medicação. Com habilidade, pois era muito bom em seu ofício, o farmacêutico preparou a fórmula, recebeu o pagamento e entregou o embrulho para a menina, que saiu apressada, quase a correr.

Retornou o profissional para as suas prateleiras e preparou-se para recolocar nos seus lugares os vidros dos quais retirara os ingredientes para aviar a receita. É quando se dá conta, estarrecido, que cometera um terrível engano. Em vez de usar uma certa substância medicamentosa, usara a dosagem de um violento veneno, capaz de causar a morte a qualquer pessoa. As pernas bambearam. O coração bateu descompassado. Foi até a rua e olhou. Nem sinal da pequena. Onde procurá-la? O que fazer? De repente, como se fosse tomado de uma força misteriosa, o farmacêutico se indaga: "E se Deus existir...?"

Coloca a mão na fronte e em desespero clama:
- "Deus, se existes, me perdoa. Faze com que aconteça alguma coisa, qualquer coisa para que ninguém beba daquela droga que preparei. Salva-me, Deus, de cometer um assassinato involuntário."

Ainda se encontrava em oração, quando alguém aciona a campainha do balcão. Pálido, preocupado, ele vai atender. Era a menina das tranças douradas, com os olhos cheios de lágrimas e uns cacos de vidro na mão.

- "Moço, pode preparar de novo, por favor? Tropecei, cai e derrubei o vidro. Perdi todo o remédio. Pode fazer de novo, pode?"

O farmacêutico se reanima. Prepara novamente a fórmula, com todo cuidado e a entrega, dizendo que não custa nada. Ainda formula votos de saúde para a mãe da garota. Desse dia em diante, o farmacêutico reformulou suas idéias. Decidiu ler e estudar a respeito do que dizia não crer e brincava. Porque embora a sua descrença, Deus que é Pai , atendeu a sua oração e lhe estendeu a Sua misericórdia.



No desdobramento de nossas experiências acabamos todos reconhecendo a presença divina. É algo muito forte em nós. Mesmo entre pessoas consideradas de má vida e criminosos, encontraremos vigente o conceito.



Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo estão próximos para ouvir a sua voz, mas se você for filho, Eles estarão sempre ao seu lado.






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